Pouca gente percebe quando comete uma gafe e depois se lamenta e sofre para administrar os prejuízos. Isso pode acontecer em uma apresentação em público, entrevistas à imprensa ou no relacionamento com qualquer pessoa e em qualquer situação do dia a dia.

Para se manter perceptivo é preciso se conhecer e ter clareza sobre os impactos da fala. É muito comum ouvir gente dizendo: ‘quando eu vi, eu já tinha dito aquilo’ ou ‘nem percebi que falei’. O risco de dizer o que não devia vai desde a má interpretação por quem se sentiu atingido pela fala até a punição financeira, moral  e social.

Confira 9 alertas para evitar a exposição social indevida quando se comunica:

  1. Seja coerente e só diga o que puder sustentar. Não adianta tentar fazer um ‘papel bonito’ só para parecer alguém que não é e depois dar um tiro no pé quando confessa a verdade, sem querer;
  2. Seja honesto consigo mesmo e com seu público. Se você conseguiu mentir antes e a mentira ‘colou’ vai ser um desafio manter a máscara por muito tempo;
  3. Pratique a virtude da humildade e evite fazer comparações ou ameaças que enaltecem você em detrimento de outro. Para ser destaque, você não precisa colocar o outro em segundo plano;
  4. Diga não ao preconceito, mas para isso acontecer é preciso rever suas crenças e analisar se pretende mesmo continuar praticando atitudes discriminatórias perante pessoas, sentimentos e tendências de comportamento ou se deseja se tornar uma pessoa melhor eliminado de vez a distinção entre os seres humanos;
  5. Tenha senso de justiça e observe imparcialmente as situações que acontecem dentro e fora de você. Absorvido pelo calor da paixão, evite tomar decisões ou fazer afirmativas cheias de convicção. Talvez você se arrependa depois;
  6. Pratique a empatia, a virtude máxima para a boa comunicação. Sem entender a realidade do outro, há o risco de fazer piada, com o recurso do preconceito, para subestimar pessoas que você não conhece. O uso da ironia é muito perigoso, afinal o que é engraçado para você pode ser ofensivo para o outro;
  7. Seja específico e pratique a clareza em suas falas para não cometer a injustiça da generalização. ‘Todo brasileiro é corrupto’, ‘quem nasceu em determinada região não gosta de trabalhar’ ou ‘a mulher que usa roupa decotada não é flor que se cheire’ são expressões que mostram ignorância (falta de conhecimento), preconceito e pouca preocupação com a imagem do outro e de si mesmo;
  8.  Esteja comprometido com a sua liderança. Seja na empresa, na universidade, num partido político ou nas redes sociais, um líder serve de exemplo para os seguidores, portanto, cuidado com o que diz, porque você está sendo observado. Se houver a perfeita noção das consequências de suas palavras poderá promover a transformação social de maneira saudável. Mas, se usar isso de forma irresponsável, o prejuízo poderá ser fatal para a sua imagem;
  9. Seja leal aos seus princípios.  Mas, se você não sabe a razão de sua existência e, portanto, tanto faz o que fizer ou deixar de fazer, terá dificuldades de se manter firme na sua trajetória. Essa é a base para a prática de todos os outros lembretes citados até agora.

Perceba que as palavras em destaque em cada um dos itens são VIRTUDES, práticas do bem que, se praticadas com disciplina (mais uma virtude,) podem trazer resultados valiosos. Fique atento, acordado, esteja perceptivo e molde sua comunicação pelo comportamento adequado ao que é confortável para você e à sociedade.