Paulo,

A prática da boa conversa se dá pela conexão, por que como diz John Maxwell, autor de TODOS SE COMUNICAM, POUCOS SE CONECTAM, se comunicar é muito pouco; devemos nos conectar. Obs.: esse é o meu livro preferido. De todos que já li esse realmente me fez entender o que significa se comunicar.

Sugiro que leia especialmente o capítulo 6 (baixe aqui) e, depois com calma, pode ler o livro todo (baixe na página principal da sua área restrita). Você pode colocar em prática o que ele propõe e alguns conhecimentos podem ser úteis nesse laboratório:

1. O olho no olho com interesse em ouvir o outro

2. A escuta realmente ativa, focado no outro

3. A prática do rapport, o espelhamento das manifestações do outro:
– expressão corporal: gestos, movimentos em geral
– expressão verbal: ritmo da fala, alternância ou monotom e conteúdo: tipos de palavras.

Neste comercial, em que situações você percebe o rapport?

4. Empatia: colocar-se no lugar do outro para observar e sentir o que ela pense e sente.

No final das contas, empatia e rapport estão muito próximos, ou seja, você só entra em rapport com o outro se tem empatia e é por que tem empatia que entra em rapport. E o segredo para iniciar esse estágio de conexão é estar presente, estar no agora.

Tudo o que refletimos até este ponto se refere à energia, compaixão, expressão corporal e verbal, mas tem também o conteúdo para esquentar uma boa conversa. Confira como formatar perguntas para puxar papo e atrair o seu interlocutor:

1. Evite perguntar POR QUE? Além de ser inquisitiva, a pergunta pede uma resposta racional que muitas vezes a pessoa não tem pra dar. É o tipo de pergunta cuja resposta tende a ser monossilábica: não, sim, talvez (essa tem duas sílabas). A pergunta POR QUE? fecha a resposta, não permite a ampliação do conteúdo do outro.

2. Pergunte COMO? O como dá margem para o outro descrever uma situação, contar um caso e expor seu ponto de vista com mais vocabulário e interesse em contar, porque você está dando a ele o poder de dizer como fez algo, como chegou a essa conclusão.

3. Pergunte O QUE? + algo relacionado à ação. Exemplo: o que te motivou a fazer isso? em vez de por que você fez isso?

4. DE  QUE FORMA também é um formato interessante para uma pergunta.

Usando as dicas 2 , 3 e 4 você ‘arranca’ muito mais respostas do interlocutor do que se usar o POR QUE.

Para formular perguntas, preste atenção no outro sem julgamento. Evite concluir que um rapaz, que se mostra pensativo num canto da sala durante uma festa, está pensando na namorada. Se ele tiver namorado, você deu uma gafe. Frases como: ‘pensando na namorada, hein’ mostram que o comunicador é um sabichão e tem uma bola de cristal apurada. Troque por: ‘que tipo de pensamentos pairam pela sua mente agora, hein?’ Em alguns casos, para conseguir a resposta, não vá direto ao ponto: rodeie, ronde, dê voltas.  Ou dê duas opções: ‘pensamentos bons ou não tão bons visitam a sua mente agora?’

Puxe a conversa com uma pergunta aberta: O QUE, COMO, DE QUE FORMA, QUANTO para deixar o OUTRO falar. E preste atenção nas respostas dele. As respostas são sua matéria prima para fazer novas perguntas e, também por isso, você deve estar muito conectado com o outro. Você não precisa de uma lista de perguntas; só uma ou duas bastam. O restante da conversa se desenrolará com as respostas do seu interlocutor.

EXERCÍCIO: 

Analise as perguntas abaixo que iniciam com POR QUE e faça novas perguntas usando COMO, O QUE ou DE QUE FORMA.

Por que você trabalha tanto?

Por que você pintou o cabelo de rosa?

Por que será que o Brasil, um país tão rico, está nessa situação tão devastadora?

Por que a empresa exige tanto dos colaboradores?

Por que alguns colaboradores não se motivam a fazer mais e melhor?

Bom trabalho!

→ PRÓXIMA SESSÃO: 16 de janeiro, às 10h (horário de Brasília).

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